A Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) revelou um estudo que mapeou os profissionais de TI e as competências mais demandados pelo mercado de trabalho. De acordo com o projeto, só no estado de Santa Catarina, as companhias da base tecnológica abrirão 16,6 mil vagas até 2023, e mais da metade são para desenvolvedores de software, os também conhecidos como DEVs.
As funções mais procuradas são: desenvolvedores Full Stack (22,63 %), Back-end (18,43 %) e Front-end (12,48 %); analista de serviço e suporte de TI acabou aparecendo em 4° lugar (7,42 %). Confira a classificação completa no gráfico abaixo.
O estudo foi feito com 228 empreendedores do setor, em parceria com professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Fonte: Reprodução/ACATE
Na parte financeira a instituição aponta que os salários ficam acima dos R$ 3 mil, sendo até 3 vezes maiores do que a média da indústria. “São postos que podem representar um ganho significativo para as famílias e auxiliar na retomada econômica no período pós-pandemia”, adicionou o presidente da ACATE, Iomani Engelmann.
Competências exigidas
A pesquisa também revelou as competências mais exigidas e diferenciadas que chamam a atenção na hora da seleção. Destacam-se os candidatos com conhecimentos em metodologias ágeis (27,84 %), experiência profissional na área (25,28 %), habilidade em execução de projetos (24,04 %) e domínio de linguagens de programação (21,60 %).
A pesquisa também identificou habilidades interpessoais valorizadas, conhecidas como soft skills. Resolver problemas (90,8 %), trabalho em equipe (78%) e proatividade (68%) são alguns dos pontos que podem se tornar diferenciais na contratação.
Fonte: Reprodução/ACATE
E o inglês?
Cerca de 20% das empresas procuram o domínio de inglês, e companhias podem perder profissionais por conta dessa exigência. Silvia Petreca, recrutadora da startup LogComex, informa que é necessário estar atento à necessidade real da habilidade no cargo, pois as linguagens de programação são dominadas pelo idioma.
“Pedimos que o candidato entenda inglês no nível técnico, que é a capacidade de compreender as demandas e reportar para seu superior”, explicou a recrutadora. “Ter profissionais que falam inglês é do nosso interesse, então queremos prepará-los para continuar conosco nessa jornada”, ela explicou.
A profissional também ressalta que diversas empresas exigem o idioma, mas nem sempre estão dispostas a oferecer meios para o funcionário melhorar o domínio da língua estrangeira. A LogComex, por outro lado, oferece aulas opcionais aos funcionários em parceria com escolas de idiomas, sendo que o aluno precisa apenas comprar o material didático.